O que mais podemos dizer sobre TDAH
Fazem parte dos assuntos mais discutidos pela sociedade contemporânea a hiperatividade, a impulsividade e o déficit de atenção. Estas são as manifestações mais comumente encontradas num quadro clínico chamado Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Se procurarmos ler sobre o assunto na mídia, na internet e nas publicações especializadas de medicina, psicologia ou pedagogia, ficará claro que estamos diante de uma enorme controvérsia.
Já pudemos acompanhar durante um bom tempo a divulgação de um texto em que o “descobridor” do TDAH dizia que tinha inventado este transtorno. Também podemos ler em muitos sites e blogs a opinião de profissionais da educação questionando os critérios de diagnóstico empregados, justificando que números próximos a 20% são inaceitáveis e que muitas destas crianças que apresentam os sintomas característicos do TDAH na verdade precisariam ser estimuladas para desenvolver a capacidade de prestar atenção e “parar quieto” para aprender.
De outro lado, alguns educadores que enfrentam sérias dificuldades com crianças em sala de aula confirmam que estes casos devem estar associados a um distúrbio neurológico, pois não sabem o que fazer em sala de aula para conter a agitação e falta de foco destas crianças. Acreditam que falhas no aprendizado precisam ser evitadas de algum modo.
A classe médica parece estar convencida de que de 4 a 7% das crianças em idade escolar apresentam o quadro clínico de TDAH e podem se beneficiar da terapia medicamentosa e comportamental.
Neurocientista e consultora do SUPERA, Dra. Carla Tieppo
O que podemos dizer sobre este assunto para ajudar pais e professores a lidar com suas dúvidas e desconfianças? Será que há algo que se possa fazer para ajudar estas crianças, suas famílias e as escolas?
Uma importante reflexão que podemos fazer é pensar no que pode estar provocando tanta controvérsia? Será que a classe médica está defendendo os interesses da indústria