O que devemos uns aos outros: Dilemas da lealdade
Neste capitulo diz respeito aos dilemas de lealdade. Apenas, argumenta Sandel, considerando o fato de termos que decidir com base na excelência da vida política, é que faz sentido em falar de nossas lealdades. Como ser leal à pátria e à família? Ele menciona casos como os irmãos Unabomber e irmãos senador e estelionatário. A dúvida sobre qual lealdade manter sempre está vinculada a considerações sobre valores considerados como excelentes, mais que procedimentos.
O mesmo vale, finalmente, para a argumentação a favor de uma postura tolerante em relação às visões abrangentes, como as visões religiosas, por exemplo. O argumento central é que as concepções religiosas e morais possuem discursos sobre valores, que estão embasados em estruturas axiológicas comunitárias, que merecem respeito em si. Não é apenas, nem é principalmente, a necessidade liberal do respeito às diferenças (como procedimento). Senão que se trata da avaliação positiva das proposições sempre em relação às finalidades.
Ele discute sobre responsabilidades coletivas e reivindicações da comunidade. Questões concretas são discutidas. As nações devem pedir perdão por erros históricos? Devemos honrar a memória dos que sofreram injustiças? Devemos pagar pelos erros dos nossos predecessores? Estas e outras perguntas que questionam o individualismo moral são largamente discutidas por Sandel. Após várias aproximações ao pensamento de Locke, Kant e Rawls, o autor defende às reivindicações comunitárias fazendo, primeiramente, uso da proposta de Alasdair MacIntyre. Para MacIntyre, nos somos seres que contam histórias. MacIntyre apresenta uma concepção narrativa da vida humana. Esta concepção é teleológica, como são as histórias, mas também como nas histórias, teleologia e imprevisibilidade coexistem. “Viver a vida é representar um papel em uma jornada narrativa que aspira a certa unidade e coerência” (p.274). Nesta narrativa, que é a nossa própria vida, não