Qual a tua obra?

Nome: Qual é a tua obra?
Autor: Mario Sérgio Cortella

Prefácio
Muitas vezes buscamos ser algo que sequer temos maturidades ainda para ser desenvolvido, e tudo isso por vivermos a era em que todas as coisas ocorrem em pouco tempo e de forma veloz. Parece até que as horas de um dia diminuíram.
A partir disso, surge o questionamento: “Qual é a minha obra?” O que eu busco, o que procuro enfrentar, quais as minhas mudanças? Qual a nossa obra?

PARTE 1
Em busca de sentido
Um termo muito utilizado nos últimos tempos é o espiritualizado. Tal termo pode ser interpretado como um indício de uma busca por um novo modelo de vida. Na realidade, é preciso entender que as coisas não são um fim em si mesmo, que existe um sentido, um significado. Nada vem do imediato e tudo que se faz apresenta esse sentido. O líder “espiritualizado” não é aquele que faz somente as orações, ele vai além disso, se preocupando com o outro, elevando o outro ao invés de rebaixá-lo. É a proposta de honrar ao outro edificando em conjunto e respeitando ao outro.
Essa busca por espiritualidade vem do descontentamento com situações e vem da reflexão de si mesmo. Vale dizer que essa reflexão muitas vezes é proveniente da angústia.
Um filósofo alemão do século XXI, chamado Martin Heidegger, dizia que a angústia é a sensação do nada. A espiritualidade é uma resposta ao desejo por sentido para a vida, para que a mesma não se esgote em um trabalho, ou em um dado momento qualquer.
E hoje, o que vivemos é basicamente isso. Um momento de grandes turbulência de valores, que nos fazem refletir sobre o peso desses valores.

Tripalium versus poieseis
A palavra trabalho é proveniente do latim tripalium, que era um instrumento de tortura. Nossa sociedade é embasada em regime escravocrata e esse pensamento continua presente até hoje no Brasil. Isso faz com que associemos o trabalho a um fardo, castigo ou outras características relacionadas à tortura e escravidão.
E até hoje esse sistema existe, pois nunca