O público e o particular A princípio a autora trabalha a idéia de publico e particular de forma separada, para melhor compreensão, mas do decorrer de seu texto mostra claramente que é impossível separar ambos, o que se torna mais evidente em meados do séc. XVIII. Pois apesar de haver a necessidade de uma vida particular, existe uma usurpação desse particular devido à vida publica (o trabalho e as relações sociais com terceiros fazem que o particular se torne regrado, pois é impossível viver sozinho, isolado, apesar de que em primeira vista é isso que ocorre). Os nobres principalmente não têm uma vida particular, pois estão totalmente cercados, porem, nem mesmo o mais humilde dos anciãos tem uma vida totalmente particular. Com relação à família no antigo regime, fica claro que a disciplina prevalecia acima de tudo, e o objetivo principal era cuidar do patrimônio da família, não era sinônimo de troca de carinhos, mas de moldar imagens, para que pareçam não que realmente sejam. Na infância os meninos tinham mais liberdade e educação escolar e religiosa, muitos acompanhavam os príncipes, de certa forma os meninos eram autônomos, nos casos que cita, mostra que as três crianças eram filhos de certa nobreza, eram educados para formarem uma boa família, mas independente disso estão abertos a libertinagem, a partir do momento que passam a entender que é o dinheiro que manda, passam a roubar para consegui-lo. Uma coisa que fica clara é que em momento algum a classe social se torna estereótipo para alguma forma de julgamento, pois ate o filho do mais humilde dos artesãos pode fazer o que bem quiser de sua vida, de seu particular, e crescer nos negócios, assim mudando de vida. Já quando cita o sexo feminino a autora nos mostra que apesar de ser excluída dos papeis públicos e de atividades exteriores, viver em casa, sendo esposa e mãe e vivendo como manda a igreja ela tem autoridade necessária para desempenhar suas tarefas, se dedicando ativamente a família, não eram