O processo de construção do conhecimento científico em ciências sociais

O processo de construção do conhecimento científico em ciências sociais Será tratado neste trabalho o processo de construção do conhecimento científico em ciências sociais e a problemática que o cientista se defronta na construção do mesmo, tendo como base de estudo o racismo em relação a etnia cigana. Antes de abordar o tema do racismo será pertinente salientar que o conhecimento é uma realidade social, a sua cientificidade como ciência assenta em três actos epistemológicos, que não podem ser desassociados entre si, numa constante reformulação/reconstrução dos saberes onde os avanços e recuos são uma constante, e que consistem, segundo (Santos in Magano, 2011:9), na ruptura do senso comum, na construção do estudo e a verificação dos resultados. Dado o investigador, ser ele próprio, parte de uma realidade social terá de ter principal atenção a sua neutralidade. O texto de base fornecido para este trabalho dá-nos conta da descriminação e maus tratos contra ciganos, este relatório divulgado pela Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância (ECRI), dá recomendações sobre as dificuldades de acesso a habitação, emprego, bens e serviços e educação das crianças, principalmente as raparigas. Este documento faz contrapor todos os conhecimentos adquiridos ao longo da minha própria realidade social, ou seja o senso comum, que diz, dado aos costumes da etnia cigana, que sua comunidade quase inviolável mantendo seus membros coesos em sua ideologias e crenças, distorcido da realidade social vivida pela maioria das outras etnias, ou melhor dizendo, civilização ocidental.”A realidade da vida quotidiana é admitida como sendo a realidade. Não exige qualquer outra verificação, para além da sua presença”.(Magano, Olga, 2011:3). Esta abordagem da conta do etnocentrismo como obstáculo epistemológico que encontram os investigadores na construção do conhecimento científico. A estruturação para conhecimento científico da realidade social expressa no