Sociologia do conhecimento
Para Mannheim as relações do indivíduo com a sociedade formam a sua existência e o modo de conceber suas ações sociais, não por um modo determinante de leis sociais, mas pela suas experiências em um determinado contexto social. Dentro de um grupo científico, os tipos de conhecimentos são produtos de ideias que referenciam estes grupos e seus processos de acordo com um corpo teórico e científico datado. Existem ideias que não são válidas em uma determinada época e suplantadas pela época posterior (como, por exemplo, nas ciências exatas). O processo histórico-social é essencial na análise dos períodos e como as ideias foram formuladas para a compreensão da “perspectiva” de conhecimento dos cientistas.
Neste sentido, “perspectiva” significa a maneira pela qual se vê um objeto, o que se pode perceber nele, e como alguém constrói um pensamento (...), algo mais do que a determinação meramente formal do pensamento. Refere-se, também, a elementos qualitativos da estrutura do pensamento, elementos que devem ser negligenciados por uma lógica puramente formal. São precisamente tais fatores os responsáveis pelo fato de que duas pessoas possam (...) julgar o mesmo objeto de forma bastante diferente. (MANNHEIM, K. Ideologia e Utopia. Rio de Janeiro: Zahar Editores. 1976, p. 293-294).
A Sociologia do Conhecimento de Mannheim realiza uma separação metodológica entre produção científica e contexto