Educação infantil
Jucelma Terezinha Neves Schneid UPF
Todos apreciam uma boa história, mas muita pouca gente conhece o valor real dela. Muitos que a usam para diferentes fins, como entreter, despertar a atenção ou descansar a mente, ignoram que, mesmo quando usada com estes objetivos em vista, a história é um elemento poderoso na formação do caráter daqueles que a ouvem. [...] Podemos afirmar que o valor real da história é ser instrumento educativo e deste ponto de vista, atende às necessidades humanas em todos os seus aspectos (CHAVES, 1963, p. 21).
Muitos são os motivos que nos levam a contar histórias: o clima de alegria e interesse que elas despertam. Vários também são seus objetivos, como: formar o gosto pela leitura, divertir e estimular o desenvolvimento da imaginação, atenção, observação, memória e reflexão. Ouvir a leitura de histórias leva os alunos a perceberem as características da língua escrita, cuja sintaxe e cujo léxico não são os mesmos da língua oral. Com essa prática, constatamos que não só o conhecimento da língua pode ser enriquecido no contato com a literatura, mas também a experiência indireta do mundo. A arte de contar histórias ganhou uma conotação maior, como valoroso instrumento no processo educativo, devido ao seu aspecto lúdico. Contar histórias passou a ser compreendido como uma possibilidade bastante rica de estratégia alternativa para se obter subsídios no redimensionamento dos trabalhos com crianças, estabelecendo linhas muito mais positivas na ação educativa, ajudando a desmistificar a relação leitor e livro e proporcionando momentos agradáveis de prazer e alegria no contato com o mundo mágico da literatura oral. Acreditando na importância do faz-de-conta, da fantasia, do
encantamento da hora do conto para o desenvolvimento da criança é que proponho reavivar esta arte milenar no contexto de nossas escolas, através de momentos dedicados a contação de histórias.
Rompendo as barreiras do tempo