O processo civilizador
Elias, Nobert. “O processo civilizador”. Volume 2. Capítulo dois. Sobre a sociogênese do Estado tem como tema central o monopólio. O autor busca nos séculos mais passados referências e exemplos de como o monopólio formou-se, suas formas e a maneira que permanece até hoje. Época de grandes transformações sociais e financeiras, da queda gradual do Feudalismo, com a passagem de feudos para reinos, da economia de troca para a monetária. Nesses tempos atribulados percebeu-se que era necessário conquistar o próximo para não ser conquistado. Era preciso sempre aumentar o território para que este não diminuísse e fosse tomado. Com essa tendência é do curso natural que alguém sempre vença e alguém sempre perca; Assim, terras acumularam-se nas mãos de cada vez menos famílias ou Casas até chegar a uma disputa de dois concorrentes. E, enfim ao monopólio. Através das lutas de eliminação foi preciso emergir um poder mais forte para acabar com todos os demais, e então centralizando-os. O autor exemplifica através do início dos Impérios Francês, Britânico e atual Alemão, antigo Romano-Germânico, como foi o processo de cada um para a sua formação. No último enfatiza-se a dificuldade de unir todos os territórios devido a sua vastidão. Além do que anos após muitas províncias desfazem-se do Império para tornarem-se independentes. Esse processo ocorreu de dimensões maiores para menores, já a Inglaterra e França cresceram de dimensões menores para maiores. O Império inglês teve a relação rei-Estado diferente, devido ao seu tamanho menor e o fato de estar situado na parte insular. Com esses fatores a diferenciação regional não foi grande, tornando a luta pelo poder mais simples do que as facções do Império Romano-Germânico. E, mostra também a formação do Império Francês através da Casa dos Capeto que retomaram o poder do território da atual França com as lutas de acumulação de terras. Tudo isso para entender as diferentes formas que o monopólio pode ter.