Processo civilizador
Este trabalho trata de um resumo do livro O PROCESSO CIVILIZADOR, de Norbert Elias, para a cadeira de Teoria Contemporânea em Sociologia II. Aqui são abordados alguns dos principais assuntos do texto, de maneira superficial, de modo a não ocupar o leitor com os pormenores das indagações do autor. A opção pela não separação em tópicos também foi realizada tendo o mesmo critério como base, de forma a não ser forçado a repetir os argumentos.
2 – O TEXTO (...)
Logo no primeiro tópico, Elias já coloca qual o assunto a ser tratado nesta primeira secção, ou seja, expor como a organização da sociedade em Estados (e suas respectivas adjacências históricas), contribuiu no que ele chama de “processo civilizador”.
O que seria este processo civilizador? Segundo o autor, “uma mudança na conduta e sentimentos humanos rumo a uma direção muito específica”. Essa “direção específica” seria a da racionalização (apesar deste movimento não ser exatamente racional) da atividade humana, tida como um conjunto de comportamentos - tanto introjetados quanto exteriorizados socialmente pelos indivíduos - numa espécie de mútuo controle da hierarquia dos sistemas sociais, utilizando os conceitos de Talcott Parsons.
Se, em um primeiro momento os indivíduos tinham um controle demasiadamente externo sobre as suas pulsões, o autocontrole individual, interno, torna-se mais diferenciado, complexo e estável com as modificações no tecido social, em que há uma maior interdependência na sociedade e uma maior diferenciação social.
Cada vez mais os indivíduos tem que reprimir a si mesmo e a sua espontaneidade em prol de um comportamento mais racional, civilizado, de moderação das paixões. Anteriormente, o autocontrole individual (superego) era instilado em relação direta, ou seja, pelo uso da violência, força física ou algo que o valha.
Desde criança somos treinados para agir com autocontrole, o que aciona mecanismos de sublimação ou substituição cada vez mais intensamente. Para