o processo civilizador
Norbert Elias passa a expor como as estruturas das relações sociais na Idade Média não compeliam os indivíduos a controlar suas emoções, sua agressividade ou a abster-se de suas funções corporais na frente de outras pessoas. Não obstante, é válido salientar que o autor traça um cenário do medievo em que reinam a incerteza e a insegurança, embora as explosões de violência e agressividade aparecessem repentinamente, quando sorrisos e diversões dariam lugar a frases mal colocadas, originando o estopim de um subseqüente conflito físico. No entanto, os padrões de comportamento vigentes não excluíam do convívio social (nem ao menos no nível simbólico) os sujeitos que assim procediam, assertiva que oferece calçamento ao já explicado, constituindo a crueldade e a violência dimensões da vida social corriqueiras. Com a centralização do poder nas monarquias absolutistas, e uma vida de maior interdependência entre os elementos das cortes, a moderação e o controle dos impulsos tornaram-se necessários