O problema dos universais
RESUMO
Neste artigo será descrito como Pedro Leite Junior reuniu e apresentou as ideias em seu livro “O problema dos universais: a perspectiva de Boécio, Abelardo e Ockham”.
• Em que consiste o problema dos universais?
O problema dos universais, assunto tratado por vários pensadores, consiste na existência ou não-existência das ideias e sua relação com a realidade. O autor, Pedro Leite Junior, selecionou e dividiu as indagações sobre o assunto em três momentos: o de Severino Boécio, de Pedro Abelardo e, por fim, de Guilherme de Ockham. O livro é dividido em cinco capítulos. No primeiro capítulo, o autor cita Porfírio, Aristóteles e Boécio como uma primeira vertente do problema em que os universais são entidades existentes em si mesmas e separadas das coisas sensíveis. Há também duas noções que caracterizam os universais: o aspecto lógico (predicabilidade) e o ontológico (comunidade). A primeira advém de Aristóteles e distingue o que é universal do que é singular. Já a segunda, boeciana, dá uma noção do que é comum a todos. O autor ressalta que a questão dos universais está relacionada ao domínio ontológico do discurso e evidencia sua complexidade. No segundo capítulo, “Tipologia das soluções”, Pedro Leite Junior expõe três vertentes para se analisar o problema dos universais: a realista, que afirma a existência real dos universais, separada das coisas sensíveis; a nominalista, que rejeita a existência de qualquer entidade universal extramental e afirma que na realidade extramental há somente indivíduos singulares, negando a existência dos universais e recebe esse nome por considerar os universais nada mais do que o significado dos nomes; e a conceptualista, que assegura que os universais só existem enquanto ideias abstratas em nossa mente, não são realidades reais, são conceitos gerais. Os três últimos capítulos são dedicados, respectivamente, à Boécio, Abelardo e Ockham e suas ideias e perspectivas a respeito do