O povo brasileiro – A formação e o sentindo do Brasil. DARCY RIBEIRO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
SERVIÇO SOCIAL
Renata Cyrillo Mota

O povo brasileiro – A formação e o sentindo do Brasil. DARCY RIBEIRO

Segundo Darcy Ribeiro a expansão do domínio português deve-se aos brasilíndios ou mamelucos que eram gerados por pais brancos a maioria lusitanos, sobre mulheres índias. Eles foram heróis civilizadores, impositores da dominação que oprimia, vitimas de rejeições drásticas, largados pelos pais por serem impuros. “Os brasilíndios foram chamados de mamelucos pelos jesuítas espanhóis horrorizados com a bruteza e desumanidade dessa gente castigadora de seu gentio materno.” (pág.107). Sendo assim, “os brasilíndios” caíam numa terra de ninguém, a partir da qual constrói sua identidade de brasileiro, por causa da concepção dos índios, que para eles as mulheres eram um simples saco em que o macho depositava a sua semente, então quem nasce são filhos apenas do pai e não da índia, e por serem filhos de portugueses eram rejeitados.
Já os afro-brasileiros, de início a contribuição cultural do negro foi pouco relevante na formação da cultura original brasileira, pois o negro teve outra importância crucial, que foi como trabalhador e colaborador racial. Quando chegaram ao Brasil tiveram que se integrar e adaptar a cultura brasileira que lhe era imposta, além de ter que aprender o português, pois na África eles falavam dialetos e quando chegaram ao Brasil, não se entendiam. O negro, também, exerceu papel importante na formação local; eles ensinaram aos novos escravos a língua portuguesa, as técnicas de trabalho, as normas e valores próprios da subcultura que eles haviam incorporado. “Os negros do Brasil, trazidos principalmente da costa ocidental da África, foram capturados meio ao acaso nas centenas de povos tribais que falavam dialetos e línguas não inteligíveis uns aos outros” (pág 114). Com o tempo a cultura africana também foi tendo seu espaço, os termos de origem africana e tupi estão presentes ate os dias de hoje.
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