Aspectos politicos casa grande e senzala
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cos casa grande e senzalaASPECTOS POLÍTICOS NA OBRA “CASA GRANDE E SENZALA” CLAUDIA FAINELLO JULIAN MONIKE NAZARIO SCOLARO TATIANE DE LARA FÉLIX ROSANE ARMINDO VIEIRA BORGES GILMAR HENRIQUE DA CONCEIÇÃO Introdução Este trabalho se originou de uma pesquisa acerca do pensamento de Gilberto Freyre, no curso de pedagogia, para a disciplina Filosofia da Educação, que envolveu estudantes de pedagogia da segunda série, orientadas pelo professor desta disciplina. A partir do mergulho no conteúdo próprio deste escrito de Gilberto Freyre, focado na questão do negro, buscou-se, mormente questionar o maniqueísmo acadêmico, os clichês, as classificações aligeiradas, e certo preconceito do “não li e não gostei”. Partimos do pressuposto que os escritos de Gilberto Freyre continuam sendo um desafio instigante à inteligência das novas gerações. Gilberto Freyre considerava-ser um “anarquista construtivo” e apreciava as discordâncias inteligentes. Naquele período em que, no Brasil, a maior parte da universidade brasileira e os jornais desinteressavam-se pela obra de Freyre, na França a editora Gallimard publicou Casa Grande e Senzala com prefácio de Lucien Febvre e, logo depois, na Itália, a editora Einaudi lançou a mesma obra com introdução de Fernand Braudel. Também o grande marxista Eric Hobsbawm consultou Gilberto Freyre na época em que preparava o seu livro Bandidos Sociais. As reflexões iniciadas pelos modernistas e pelos intelectuais da década de 20 se aprofundaram e renovaram a pesquisa. Casa Grande e Senzala foi publicado no início dos anos 30, período onde se constituíram momentos decisivos na história moderna do Brasil, como sabemos, e criou os espaços para grandes ensaios de interpretação nacional, como a de Sérgio Buarque de Holanda (Raízes do Brasil), a de Caio Prado Jr (Formação do Brasil Contemporâneo). Na realidade, Casa Grande e Senzala (publicado em 1933) e Sobrados e Mocambos (publicado em 1936) compõem um único livro e deveriam ser publicados juntos.
Em 1933,