O poder e o estado
Manuel Bomfim
Manuel Bomfim (1868-1932) Nasceu em Aracaju no dia 8 de agosto, foi um médico, psicólogo, pedagogo, sociólogo e historiador brasileiro.
Por vezes se encontra seu nome grafado como Manuel Bonfim ou Manoel Bonfim, mas a grafia de seu nome se fazia com "o" em Manoel e "m's" em Bomfim.
Estudou na cidade natal até os 12 anos. Em 1886 ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, transferindo-se para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1888, onde concluiu o curso em 1890, com a tese Das Nephrites.
Ingressou no magistério oito anos depois, lecionando Educação Moral e Cívica na Escola Normal do Rio de Janeiro, na qual assumiu a cátedra de Pedagogia e Psicologia.
Em viagem a Paris, em 1902, Bomfim estudou com Georges Dumas e Alfred Binet, com quem planejou a instalação do primeiro Laboratório de Psicologia Brasileiro, instalado em1906 no Pedagogium, do qual foi diretor por quinze anos. De volta ao Brasil, foi nomeado diretor da Instrução Pública.
Sua extensa obra abrange várias áreas de conhecimento: escreveu sobre História do Brasil e da América Latina, Sociologia, Medicina, Zoologia e Botânica, além de vários livros didáticos, dentre os quais estão alguns de Língua Portuguesa, em co-autoria com Olavo Bilac. Bomfim escreveu ainda, na área de Psicologia e Educação, Lições de Pedagogia(1915) e Noções de psychologia (1916), utilizadas como suporte para as suas aulas na Escola Normal.
Na obra Pensar e Dizer: estudo do símbolo no pensamento e na linguagem (1923), Bomfim demonstra domínio das mais importantes correntes de Psicologia de sua época. Escreveu também O methodo dos testes (1926); Cultura do povo brasileiro (1932); Crítica à Escola Activa, O fato psychico, As alucinações auditivas do perseguido e O respeito à criança.
Sua obra revela um pensamento original, não articulado às idéias dominantes em sua época e sua interpretação do Brasil apóia-se na análise histórica da colonização, na