O poder do não
A dificuldade de dizer não é maior para as mulheres. O papel feminino ainda carrega um padrão de comportamento mais comedido, de maior resignação e tolerância, com menos expressões de autoafirmação. “Dados clínicos sugerem que os homens tendem a ser mais assertivos que as mulheres”, diz Eliane. Se no passado, a pressão vinha da família e da sociedade, agora a inimiga é interior. “É uma guerra que, no pós-feminismo, é interna”, acredita Mariliz. “Ainda existe muita cobrança por uma mulher perfeita, forte mas ao mesmo tempo dócil. É esperado que a mulher seja obediente, civilizada”, afirma. O “não” pode ser uma ferramenta para a mulher desfrutar da sua liberdade.
Dizer não pode levar a uma situação desconfortável ou de confrontamento, seja para recusar uma panfleto na rua, uma sobremesa quando você está de dieta ou para ser fiador de alguém. O importante é achar o tom adequado e não titubear. “Se você achar que essa é a resposta, não tem que se sentir mal por isso. É só não ser grosseiro, não precisa ter sentimento de culpa”, diz Ligia Marques, consultora em etiqueta e marketing pessoal e autora do livro “Sem noção” (editora Matrix), em que ela dá dicas para sair das saias-justas do dia a dia. Confira conselhos de especialistas para usar o “não” a seu favor:
1. Avalie se o pedido, tarefa ou favor irá prejudicar você e se a contrapartida vai trazer