O Poder da Ideologia

O Poder da Ideologia
István Mészáros, autor húngaro, nascido em 1930, começou a trabalhar muito cedo em fabricas operárias, sua experiência trabalhando e vivendo na Hungria socialista foi fundamental para acreditar que a educação é a única maneira de superar as dificuldades da vida real.
Em “O Poder da Ideologia”, Mészáros expõe o movimento socialista e defende a inexistência da neutralidade metodológica nas ciências humanas, essas dotadas sempre de subjetividades e marcada por seu contexto histórico, e pelos interesses da classe dominante.
Nos sub itens 6.1 A Ideologia da Neutralidade Metodológica, 6.2 A Reprodução dos sistemas teóricos representativos e 6.3 Filosofias e métodos concorrentes, que o autor expressará mais claramente a sua ideia de ciências humanas carregadas de subjetividades e sem nenhuma neutralidade.
O autor expõe que a neutralidade metodológica, nada mais é do que um mito apoiada na premissa errônea de que ao se aceitar determinado método metodológico esse aniquilaria as controvérsias dos valores e morais do objeto de estudo e o pesquisador, que seria possível atender as divergências dos valores das sociedades, através de um pesquisador neutro, ideia denominada neutralidade axiológica.
As abordagens metodológicas, correntes essas oriundas do século XX, são apoiadas nos valores sociais e interesses de maioria, sendo assim dotado de subjetividade, o autor se apoia também na ideia de Sartre, de que a filosofia possui seus momentos de criação raros, sendo esses, Descartes e Locke, Kant e Hegel e por fim Marx, apontando que é impossível o homem transcender esses períodos se não ir além do momento histórico dos mesmos.
Utilizando-se ainda das ideias de Sartre, Mészáros expõe a filosofia como um raro sistema totalizante e a ideologia como sendo limitada e profundamente ligada ao sistema histórico dominante de sua época, aponta que é importante localizar a filosofia em seu momento histórico, para compreender os valores e morais ligados a