O perfil do consumidor brasileiro
O perfil do consumidor brasileiro mudou e com ele também mudaram as estratégias das empresas, que começaram a enxergar oportunidades no direcionamento de produtos e serviços para os clientes da base da pirâmide. De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 29 milhões de pessoas ingressaram na classe C (renda familiar bruta de R$ 1.126 a R$ 4.854) entre 2003 e 2009. O levantamento representa um crescimento de 34,3% e o país contava em 2009 com cerca de 95 milhões de habitantes nessa faixa de renda, em uma população total de 190,7 milhões (Censo 2010). Esses dados mostram como mais pessoas passaram a ter mais poder de consumo. ). Já a classe B (de R$ 4.855 a R$ 6.329) aumentou 38,5% e a classe A (a partir de R$ 6.330), 40,9%.diante dos números, é fácil deduzir que o fato provoca mudanças fundamentais em nossa sociedade, e uma das áreas mais imediatamente afetadas é o consumo.
Novos consumidores, recém-chegados a um novo mercado, estão ávidos por comprar. Isso pede, por sua vez, novas abordagens das empresas. e parece ser justamente no front do atendimento às faixas extremas da população (os mais pobres e os mais ricos) que vêm sendo desenvolvidas as estratégias e os produtos que decretarão o sucesso ou o fracasso de um negócio. A gestão brasileira tem sido reconhecida especialmente no que tange às estratégias voltadas para a base da pirâmide socioeconômica. E o lema é: diferenciação, customização, qualidade e atenção ao cliente, atributos antes exclusivos do mercado de luxo, também devem ser entregues aos consumidores de baixa renda. Parte do comércio brasileiro já dava atenção aos consumidores mais pobres, porém, com essa mudança de paradigma, a indústria aderiu e o processo se acelerou. “A estabilização da moeda, o acesso facilitado ao crédito e à tecnologia têm impulsionado a classe C para um patamar mais elevado de qualidade,