O paradigma da modernidade
Augusto Comte, criador da palavra “sociologia”, dizia que a sociedade deveria ser considerada como um organismo vivo e que cada parte desse organismo deveria contribuir para o equilíbrio do todo. Baseado nas ideias iluministas, no desenvolvimento da ciência e na forte presença de um pensamento racional durante os séculos XVIII e XIX, surgem conceitos sobre a ideal de progresso. Comte era tachado de conservador, pois dizia que para haver progresso deveria haver ordem, regras e padrões de comportamento dentro de uma sociedade. Dizia que só com a manutenção da ordem se desenvolvem a ciência e o progresso. Este método foi chamado POSITIVISMO e influenciou diretamente na historiografia positivista, baseada na objetividade, neutralidade, em leis gerais e em verdades empíricas. A ideia de “progresso”, para Comte, estaria fortemente relacionada à sociedade ocidental capitalista, industrialista e liberalista do séc. XIX. Ele chega, inclusive, a criar uma religião baseada na ciência e na razão. O surgimento da doutrina filosófica positivista colabora com a posterior formação do ‘Paradigma da modernidade’.
2. DO PARADIGMA SOCIAL MEDIEVAL À MODERNIDADE.
O Paradigma social medieval e a visão tradicional foram, aos poucos, sendo substituído pelo desenvolvimento de um novo paradigma, o da modernidade. Essa substituição deve-se principalmente ao desenvolvimento do Capitalismo, à ascensão da burguesia, ao renascimento cultural, às mudanças científicas dos séculos XVIII e XIX, enfim, o antropocentrismo toma o lugar de destaque em detrimento do teocentrismo medieval. O homem passa a ser o centro do universo, dando lugar à razão e ao desenvolvimento da ciência e tecnologia.
O PARADIGMA DA MODERNIDADE:
*CIENTIFICISMO;
*CULTO À RAZÃO;
*CRENÇA NO PROGRESSO;
*DESVALORIZAÇÃO DO SENTIMENTO, DA SUBJETIVIDADE;
*FORTE RELAÇÃO COM O ILUMINISMO E O AVANÇO DAS CIÊNCIAS NATURAIS.
3. A CRISE DO PARADIGMA DA MODERNIDADE.
A ruptura