O objeto libidinal
Quando o bebê está entre o sexto e oitavo mês, ele sofre uma mudança de comportamento com relação a identificação do rosto das pessoas, o bebê já consegue distinguir um amigo de um estranho.
(…) Por volta dessa idade, a capacidade para diferenciação perceptiva diacrítica está bem desenvolvida (…)
Nesta faixa de idade a criança possui traços de memória que a faz comparar o rosto do estranho com o de sua mãe, sendo que se ele for diferente a criança o rejeitará. Pode se notar isso na criança, se um estranho se aproxima ela recusa o contato e aparenta estar carregada de ansiedade.
(…) A ansiedade dos oito meses é a prova de que, para a criança, todos são estranhos, com exceção do único objeto; melhor dizendo, a criança encontrou o parceiro com quem pode formar relações objetais no verdadeiro sentido do termo. (Spitz 2004, p 163)
Denominado esse acontecimento como a “ansiedade dos oito meses” considerando-a como a primeira manifestação de ansiedade. (Spitz 2004, p. 151)
Quando a criança vê o estranho, é provocado uma experiência de desprazer, pois ela associa o rosto diferente com a ausência da mãe.
Assim se é dado a relação objetal e o objeto libidinal estará definido sendo ele a mãe da criança.
Achamos que esta capacidade de deslocamento catexico em traços de memoria certamente guardados na criança de oito meses de idade reflete o fato de que ela estabeleceu, neste momento, uma verdadeira relação objetal, e que a mãe se tornou seu objeto libidinal, seu objeto de amor.”
Spitz afirma que assim a criança estará modificando sua maneira de lidar com o seu ambiente e também estará adquirindo função do ego em um nível intelectual superior de desenvolvimento psíquico.
Uma objeção à nossa explicação da ansiedade dos oito meses Szekely questionou e criticou a explicação à ansiedade dos oito meses e usou um “ponto de vista biológico” para dizer que a Gestalt privilegiada representa apenas uma sobrevivência