O novo pacto educativo
Inúmeros fatores tornaram irrelevante a postura histórica da formação dos sistemas tradicionais de educação, de que a qualificação das pessoas era feita para atender demandas. A reorganização dos sistemas de produção coloca em relevo novas atribuições, e exigem novas posturas dos atores educacionais: o aparecimento de novas necessidades educativas que se agreguem às funções tradicionais da escola. Introdução. A queda do muro de Berlim simboliza a crise dos parâmetros tradicionais de definição das identidades políticas e ideológicas. As respostas simples do passado não são mais suficientes para definir uma orientação político-educacional que responda aos objetivos de democracia e equidade na distribuição do conhecimento. A crise da educação não é mais a mesma. A crise da educação já não se apresenta como um fenômeno de insatisfação no cumprimento de demandas relativamente estabelecidas, mas como uma expressão particular da crise do conjunto das instâncias da estrutura social: desde o mercado de trabalho e o sistema administrativo até o sistema político, a família e o sistema de valores e crenças. Os portadores do discurso 'revolucionário' são agora pessoas vinculadas às tecnologias de ponta, aos setores mais modernos da economia. Além da flexibilidade, a produção moderna requer uma distribuição diferente da inteligência. As novas tecnologias da informação têm um impacto não só na produção de bens e serviços, mas também no conjunto das relações sociais. A invenção da imprensa e seus impactos são muito parecidos, não só a atitude dos autores mudou, como também a dos leitores: antes, a leitura dos livros era um ato coletivo. Embora se tenha ampliado o acesso ao conhecimento, também se criou uma exigência do domínio do código de leitura. Por fim, as mudanças provocadas no processo produtivo e nas relações sociais pelo uso das tecnologias da informação têm impacto direto sobre a vida política. Qual será a fórmula política