Educação e equidade
Relativamente aos novos problemas colocados à sociedade atual, aos quais a escola deve dar o seu contributo com vista à sua resolução, estes processam-se, como afirma Tedesco, J. C. (1999), em três grandes áreas, ou seja: o modo de produção, novas tecnologias e democracia política. O modo de produção, tradicionalmente de massas, está a dar lugar a meios de produção cada vez mais diversificados, em que o pensamento e a informação têm um papel fundamental. As novas tecnologias, sobre as quais se assiste a uma verdadeira revolução social, em que os conceitos de espaço e tempo são completamente alterados, devem merecer por parte do sistema educativo um olhar atento e uma intervenção no sentido de se proceder à sua leitura crítica. Finalmente a democracia política que vê as suas estruturas corroídas pelos novos processos produtivos e pelas novas relações da sociedade, levantando a questão sobre qual será o novo conceito de cidadania.
Chegados a este ponto parece evidente que o conhecimento será (ou já é) o fator mais importante pra a humanidade, devendo, por isso, ser o seu alvo preferencial. Neste sentido tanto Tedesco, J. C. (1999) como Morin, E. (1999) traçam caminhos similares relativamente às suas propostas para a educação do futuro; efetivamente a escola deverá ser o garante da produção e distribuição do conhecimento.
Por outro lado Dellors, J, (1996) apresenta-nos um conjunto de propostas, que embora englobe as anteriores abordadas, dão-nos uma perspetiva mais abrangente sobre o que deve ser a educação, pois foca os seus objetivos no desenvolvimento efetivo da pessoa humana. Ao