aborto
Na visão da Igreja um aborto é a morte de uma pessoa que vai contra o 5º mandamento que diz “Não matarás”. Mas a Igreja acima de tudo é a favor da vida e na sua lógica a vida começa no ventre da mãe.
Algumas pessoas religiosas podem considerar insatisfatória a discussão anterior. Pode parecer, na melhor das hipóteses, complicada e, na pior, excessivamente abstracta para ter alguma importância para as suas vidas morais. Para elas, a ligação entre moralidade e religião tem um âmbito prático imediato que se centra em questões morais particulares. Os cristãos dizem muitas vezes, que, como cristãos, estão comprometidos com pontos de vista específicos em questões específicas. Não importa se o correcto e errado são "definidos" em termos da vontade de Deus: quaisquer que sejam os méritos dessas teorias abstractas, há ainda os ensinamentos morais de uma religião acerca questões particulares. Os ensinamentos das Escrituras e da igreja são considerados pelos crentes como vinculativos, determinando as posições morais que têm de tomar. Para citar um exemplo notável, muitos crentes pensam que não têm outra opção que não seja opor-se ao aborto, uma vez que ele é condenado tanto pela igreja como (presumem eles) pelas Escrituras.
Há realmente posições caracteristicamente "cristãs" sobre as principais questões morais que os crentes estejam obrigados a aceitar? Se sim, são essas posições diferentes dos pontos de vista que outras pessoas podem atingir meramente tentando raciocinar acerca da melhor coisa a fazer? A retórica do púlpito sugere que a resposta às duas questões é sim. Mas há várias razões para pensar que a resposta, nos dois casos, é não.
Em primeiro lugar, é muitas vezes difícil encontrar orientações morais nas Escrituras. Os nossos problemas não são os mesmos que os enfrentados pelos Judeus e pelos primeiros Cristãos há muitos séculos; assim, não é