o juizo moral da criança
O livro “O Juízo moral da Criança” é uma obra pioneira de um dos maiores pensadores do século. A partir de entrevistas com crianças, o autor analisa as regras do jogo social e a formação das representações infantis: os deveres morais e as ideias sobre mentira e justiça entre outras.
Esse livro serviu de base para inúmeros outros estudos e pesquisas posteriores e todo o conteúdo do livro continua atual. Onde Piaget disse algo muito novo para a época, algo realmente revolucionário. Aliás, algo que até hoje não é muito aceito socialmente nos meios educacionais.
Jean Piaget, a partir de observações minuciosas de seus próprios filhos e de várias outras crianças concluiu que estas, ao contrário do que se pensava na época, não pensam como os adultos: certas habilidades ainda não foram desenvolvidas.
Essa revolução é basicamente o mesmo que ele disse a respeito da inteligência, que a criança não é um ser passivo, nem quanto a inteligência e nem quanto à moral. Não é uma tábua onde os pais, ou a sociedade, vai escrevendo e pronto. Ou seja, assim como o conhecimento, como a inteligência, a moral evolui e nessa evolução ela conta com a participação ativa da criança. Existe um desenvolvimento moral, não é apenas uma internalização do que está fora. Não é apenas imitação do que vê em casa, ou internalização das regras.
Antes de Piaget e dos seus estudos sobre a moral infantil, aliás, antes de se debruçar verdadeira e cientificamente sobre o assunto poderíamos acreditar que fosse assim: o que era fora ficava dentro e acabava a conversa.
O que Piaget demonstrou com pesquisas é que há um desenvolvimento moral na criança. A criança também passa por estágios e nesses estágios ela tem participação ativa.
A importância do livro é para mostrar que a moral evolui e existe também uma participação ativa da criança na construção da sua própria moral. Para ele, os valores morais são construídos a partir da interação do sujeito com os diversos ambientes sociais e