O HUMANISMO DE ROGERS
1.1- Surgimento dos materiais compostos No passado, os materiais desenvolvidos para o uso quotidiano marcaram as diferentes Eras (do Ferro, do Bronze, do Ouro...) e o progresso das civilizações. Os recursos naturais foram largamente usados e rapidamente apareceram os primeiros compósitos. Por exemplo, paredes reforçadas com feixes de palha para aumentar a integridade estrutural, bem como arcos (Fig.1) e carroças constituídos pela união de paus, ossos e chifres de animais para uso pessoal. Estes antigos compósitos foram mais tarde substituídos por materiais mais resistentes como a madeira e o metal.
Fig.1 - Arcos Coreanos feitos com compósitos. O verdadeiro reaparecimento destes materiais começou com o uso de estruturas compósitas leves para muitas soluções técnicas durante a segunda metade do século XX. Inicialmente eram utilizados em aplicações eléctricas como dieléctricos e cúpulas de radar pelas suas propriedades electromagnéticas. Nas décadas de 80 e 90, o uso de compósitos tornou-se muito comum para melhorar o desempenho de veículos espaciais e aviões militares.
A crescente preocupação com o ambiente e com a redução de custos de fabrico em conjunto com a reintrodução das fibras naturais nas tecnologias de compósitos reforçados (Fig.2) deu origem a novos desenvolvimentos no uso destes materiais, nomeadamente na protecção do Homem em incêndios e impactos (Fig.3).
Fig.2 - Capacete militar em compósito de baixo peso.
Fig.3 - Partes do interior de um Mercedes Classe A.
As vantagens de materiais compósitos de fibras naturais como a madeira, ossos, ramos finos de plantas têm vindo a ser exploradas durante séculos, tal como demonstra o exemplo dos Egípcios que usavam materiais compósitos de fibras naturais como o papiro para fazer barcos, velas e cordas desde o ano 4000 a.C.
Os compósitos de fibras sintéticas são originários do século XIX quando o homem fez o primeiro polímero, fenol-formaldeído. Este foi reforçado com