O HIV e a gestação
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E ANTROPOLOGIA
CURSO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: METODOLOGIA II
PROFESSOR: ADHEMAR LOURENÇO DA SILVA JR.
ANTEPROJETO DE TCC
“Se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, aceito a condição”
Mulheres, o HIV/Aids e a gestação
Louise Berndt Muller
Pelotas, 22 de novembro de 2010
1. O Objeto
O objeto de pesquisa escolhido foi o HIV/AIDS e as mulheres, com foco nas gestantes. O tema escolhido partiu do interesse em aprofundar o estudo na história do HIV, que é uma doença recente, mas que já passou por diversas mudanças em pouco tempo. Ao longe de uma década a epidemia percorreu o caminho onde foi considerada de “mal do século” ou uma doença crônica, ou seja, não tem cura, mas tem tratamento que dá uma boa expectativa de vida. Os primeiros casos da doença foram notificados em 1982, período em que se iniciou uma mobilização em torno da doença Foram realizadas reuniões no Ministério da Saúde que visavam a criação de um Programa Nacional de Aids, porém essa primeira fase foi mais de negação e omissão por parte das autoridades governamentais, afinal a doença era sinônimo de estigma, acreditando-se que somente as pessoas promíscuas eram contaminadas. A essas pessoas se dava o nome de “grupos de risco”, que eram os homossexuais do sexo masculino, usuários de drogas injetáveis e prostitutas.
Alguns “grupos de risco”, porém, começaram a se articular para que realmente fosse criado um programa nacional surgindo daí várias organizações não governamentais de luta contra a AIDS, junto com essas organizações os programas municipais e estaduais já existentes começaram a fazer pressão, sendo que em 1988 foi criado o Programa Nacional de Controle de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS. A criação do programa tem um papel-chave nas ações de combate à doença, e se deu também em um momento histórico