Tv do hiv
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) tornou-se um assunto habitual entre os médicos e população em geral a partir da década de 1980, doença cuja etiologia é o HIV (Vírus da Imunodeficiência Adquirida Humana).
Esse vírus tem na transmissão sexual sem proteção sua maior forma de contágio, mas pode atingir também as pessoas por contato com sangue e derivados contaminados, além de passar da mulher para seu concepto.
Esta epidemia iniciou-se na população masculina e tinha relevante importância nos homossexuais masculinos. Contudo, com a prática do sexo seguro, o perfil epidemiológico da doença vem modificando suas peculiaridades, onde se observa após alguns anos da ocorrência da epidemia, um aumento significativo entre os heterossexuais, onde maior parte dos casos novos infectados pelo HIV passaram a ser as mulheres. Esta tendência do maior número de casos entre a população feminina pode ser constatada através dos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde ao longo dos anos: em 1985 a razão de homens/mulheres infectados pelo HIV era de 28 para 1, em 2000 atingiu 2 para 1 e, hoje temos 1,7 caso masculino para 1 caso feminino.
A trajetória da Aids vem se delineando de diferentes maneiras desde seu surgimento. A partir de 1986, a epidemia começa a ter um novo rumo no que se refere ao seu perfil, caracterizando-se, entre outros aspectos, pelo crescente número de mulheres infectadas pelo HIV. As mulheres, principalmente as com relacionamentos estáveis, acreditavam estar livres do contágio pelo HIV, por não pertencerem aos denominados grupos de risco, categoria muito utilizada no início da epidemia. Esse fato fez com que inúmeras mulheres se descuidassem da prevenção, desencadeando um crescimento no número de mulheres infectadas pelo HIV. Agregam-se, a isso, a falta de informação e as inúmeras situações de vulnerabilidades, inerentes às mulheres, destacando-se a biológica e a social (PREUSSLERB;