aids

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Background

A AIDS ainda representa um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade por seu caráter pandêmico e sua gravidade. No Brasil, desde a identificação do primeiro caso até 2008, foram contabilizados, aproximadamente 506 mil infectados pela doença. Do total de notificações, cerca de 80% estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste, onde se observa um lento processo de estabilização de casos. Já nas regiões Norte e Nordeste, a tendência de crescimento se mantém. A taxa de incidência de AIDS no país mantém-se estabilizada, ainda que em patamares elevados.
Quando descoberta, em 1981, a AIDS se comportou como uma epidemia concentrada. Atingia principalmente homossexuais masculinos, usuários de drogas injetáveis e pessoas que recebiam transfusão de sangue. Porém, nos últimos anos da década de 80 e no início dos anos 90, a epidemia assumiu outro perfil. A transmissão heterossexual passou a ser a principal via de contato com o HIV e houve um aumento expressivo das mulheres na dinâmica da epidemia.
No início dos anos 90, as campanhas foram marcadas por discursos intimidatórios que reforçavam a discriminação, onde a abordagem era sempre a mesma: a AIDS não tem cura e mata. Com o passar dos anos, a ideia de que, faz parte da prevenção a luta contra a discriminação e o preconceito, assim como a defesa da solidariedade e dos direitos das pessoas que vivem com HIV e AIDS, foi sendo compreendida.
Um anúncio vindo da OMS alertou o mundo: em dez anos, mais de dez milhões de pessoas haviam sido infectadas pelo HIV.
Com a descoberta do AZT, uma combinação de medicamentos que impede a progressão da doença e evita o avanço da deterioração do sistema imunológico, a AIDS passou a ser considerada uma doença de perfil crônico, onde não há cura, mas existe tratamento. Fazendo uso desses coquetéis, uma pessoa infectada pelo HIV pode viver com o vírus por um longo período sem apresentar sintomas.
Foi quando o Banco Mundial entrou como financiador de