O grande massacre dos gatos
05 de dezembro de 2012
OBERT DARNTON
O Grande Massacre dos Gatos Neste livro o aas apresenta um estudo bem interessante, onde o autor emprega a antropologia para desenvolver seu trabalho. Através de uma pesquisa etnográfica ele aponta em cada capítulo como os franceses do século XVIII pensavam. No primeiro capítulo – o que provavelmente é o mais interessante para os leitores do Sobre Livros – o autor apresenta uma análise do pensamento dos camponeses. Como ele faz isso? Utilizando os contos de fadas! Isso mesmo! Darnton pesquisou as primeiras versões dos contos de fadas – Chapeuzinho Vermelho, A Bela Adormecida, A Bela e a Fera, Mamãe Ganso, Pequeno Polegar, enfim, todos esses contos – e os analisou a fim de compreender como os camponeses franceses do século XVIII pensavam. Ao ler esse capítulo eu decidi que TINHA que dividir com vocês essa experiência. Esse livro não é um romance no qual estamos habituados. O livro é um estudo muito bacana da História Francesa. Mas esse primeiro capítulo em especial nos ajuda a compreender toda a história dos contos que adoramos até hoje! Foi realizando este estudo que finalmente entendi sobre os contos de fadas: Em sua origem, essas histórias eram completamente diferentes das que conhecemos hoje. Elas eram transmitidas oralmente e tinham o objetivo de causar a reflexão nos adultos. O foco NÃO eram as crianças e adolescentes, e sim mostrar aos adultos as formas mais adequadas de se viver. Em sua origem os contos eram macabros, violentos, sombrios e sensuais. Isso para alertar os adultos dos riscos da vida. Neles era perpetuado o culto ao “velhaco” – as pessoas espertas e astutas sempre vivem melhor e conquistam seus objetivos (Na época se desejava comida e abrigo, hoje a grande massa deseja ganhar na mega sena ou engravidar de um jogador de futebol…