O grande massacre dos gatos
Aluna: Juliane Silverio Vilela
TURISMO E PATRIMÔNIO
O antigo museu do índio é um monumento histórico, que está localizado ao lado do Estádio do Maracanã, no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. O imóvel já foi sede do extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI), criado pelo Marechal Rondon, que deu origem à Fundação Nacional do Índio (Funai). O local também serviu de sede ao primeiro Museu do Índio, fundado por Darcy Ribeiro, instituição que foi transferida mais tarde para o bairro de Botafogo, zona sul do Rio. Apesar de centenário, o prédio não é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Depois que o museu foi transferido para outra sede, a construção foi ocupada e preservada por índios. Atualmente, cerca de 20 índios das etnias Guajajara, Apurinã, Fulni-ô, Kaingang e Guarani, se abrigam no antigo museu. O local foi ocupado pelos índios em 2006, depois de anos de abandono e foram eles mesmos que denominaram esse lugar de Aldeia Maracanã.
Existem alguns motivos que justificam a necessidade de tombamento desse monumento, como o fato do prédio está ameaçado de demolição para obras de urbanização. Por causa das obras de reforma do Estádio Jornalista Mário Filho, o prédio, que pertence à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, vem sendo negociado com o governo do estado do Rio, que pretende demolir o imóvel para que o terreno seja transformado em área de estacionamento e dispersão de público do estádio.
A derrubada do prédio não é um desrespeito somente com os índios que vivem no local, mas com a população em geral, pois a cultura indígena também faz parte da história brasileira, então o Estado deve preservar e garantir sua memória e não destruí-la somente para atender as necessidades do setor privado. Não adianta garantir a circulação dos torcedores durante a Copa do Mundo de 2014 com um