O Fenômeno da Aposentadoria
Rejane Guimarães
O fenômeno da aposentadoria despertou a minha atenção deste que comecei a perceber que significativa complexidade acompanha esse momento ímpar da vida de muitos trabalhadores. Movida por um desejo de compreender porque muitas pessoas sentem medo de se aposentar, ficam perdidas e desorientadas com o eminente afastamento, tornam-se ansiosas e depressivas durante este período de transição da aposentadoria, e muitas outras até adoecem e vem a falecer, resolvi me aprofundar mais sobre o assunto para compreender como este fenômeno da aposentadoria poderia ser trabalhado melhor nas empresas, com os seus funcionários.
É notório que a ausência de informações e orientações na fase de transição da aposentadoria pode contribuir para desencadear o fenômeno da aposentadoria que mobiliza sentimentos e reações emocionais e gera tantos conflitos familiares e psicossociais, que podem afetar todo o período do envelhecimento das pessoas.
O fenômeno da aposentadoria é uma das maiores dores que o ser humano vivencia, se comparado, muitas vezes, a dor da morte ou da separação.
Nessa etapa da vida, um vínculo de 30 a 35 anos é quebrado e para muitos há até uma perda significativa da sua identidade.
Depois de se aposentar, muitas pessoas se perguntam:
Quem sou eu agora?
Qual é o meu papel?
O que eu vou fazer na vida sem o meu trabalho?
O novo ambiente que vem se configurando diante de um cenário mutável e instável é fortemente competitivo e exige, das sociedades e das empresas, um esforço permanente no sentido de adaptar seu planejamento estratégico para atender as demandas que surgem. Então, como ignorar os anos vindouros onde o crescimento da população de idosos e aposentados já é estatisticamente um fato real, e certamente exigirá de qualquer profissional, principalmente da área humana, um olhar mais sensível e apurado para se alinhar a esta realidade?
É evidente como esse tema tão vasto implica reflexões não só por parte dos