A experiência dea vivência grupal
Grupo como apoio social
"A um homem nada se pode ensinar. Tudo o que podemos fazer é ajudá-lo a encontrar as coisas dentro de si mesmos."
Galileu
3.1 A experiência da vivência grupal
Existem várias teorias de grupo, chamadas de grupoterapias, estudadas por várias correntes da psicologia. Entre elas, pode-se citar a teoria psicanalítica, com Freud e Bion; Pichon Riviére, com os grupos operativos; uma vertente mais sociológica, com Kurt Lewin; Moreno, com psicodrama, entre outros. Existem, portanto, estudos voltados para a macro-sociologia e a psicologia, que abordam os grandes grupos, e a micropsicologia, com o estudo dos pequenos grupos (Zimerman, 1997).
Interessa, neste trabalho, focalizar algumas noções básicas dos grupos e suas características, já que o foco desta pesquisa são os grupos voltados para a Promoção da Saúde.
Um grupo é formado por um conjunto de pessoas, a comunidade é formada por um conjunto de grupos, e a sociedade é o conjunto interativo de várias comunidades. Mills define grupo como:
"unidades compostas de duas ou mais pessoas que entram em contato para determinado objetivo, e que consideram significativo o contato e representam não apenas microsistemas, mas são também, fundamentalmente, microcosmos de sociedades mais amplas." (1970: 13)
Uma outra definição, bastante conhecida, é a de Olmsted que entende grupo como: "uma pluralidade de indivíduos que estão em contato uns com os outros, que se consideram mutuamente e que estão conscientes de que têm algo significativamente importante em comum." (1970 apud Braghirolli, et al., 1999: 122).
Segundo Zimerman (1997), todo ser humano é gregário por natureza, existindo em função dos seus relacionamentos. Como diz Osório (1997), a interação entre os membros de um grupo é o fenômeno que centraliza a atividade de qualquer agrupamento humano. Os seres humanos nascem e pertencem a um primeiro grupo que é a família nuclear; depois, passam a estabelecer outros