O Feitiçeiro e a Eficácia Simbólica
Partindo desta referência, compreendemos que Lévi-Strauss coloca três aspectos relativos a crença e eficácia da magia. Em primeiro lugar, deve-se levar em conta a crença do feiticeiro na sua própria magia; em segundo lugar, a crença do enfeitiçado na magia do feiticeiro; em terceiro, a crença coletiva na magia do feiticeiro.
Partindo dessa direção Strauss nos fornece os dados fisiológicos, mostrados por Cannon, decorrente do estado em que o homem que se acha enfeitiçado, passa a desenvolver. O medo vem acompanhado de uma atividade intensa do sistema nervoso simpático, que poderia ser positiva, se o enfeitiçado não acreditasse cegamente na sua desventura e exercesse uma resposta. Porém, como ele se considera um moribundo, não reage e a atividade do sistema nervoso simpático se desorganiza, podendo ocorrer uma diminuição do volume sanguíneo e consequente queda de pressão e gerar danos irreparáveis para os órgãos da circulação. E por acontecer quase sempre, a rejeição de alimentos e bebidas, por pessoas tomadas pelo