o feiticeiro
No decorrer dos capítulos, Lévi-Strauss aproxima os feiticeiros (xamãs) e suas magias dos psicanalistas e sua psicanalise.
Em suas argumentações, Lévi-Strauss, postula alguns fatores que determinariam a excelência, tanto da magia (enquanto rito) quanto do feiticeiro.
Para ambos agentes, o sucesso residiria numa forte consciência coletiva acerca deste sucesso, ou seja, o feiticeiro tem êxito em amaldiçoar ou curar alguém, pois existe uma consciência coletiva forte que garante o resultado.
A eficácia da magia implicaria, nesse contexto, em três fatores: na crença do feiticeiro na eficácia de suas técnicas, na crença do doente no poder do feiticeiro e, por fim, na crença do coletivo acerca das práticas mágicas.
No sentido destes três fatores condicionantes, podemos citar o próprio autor em uma conclusão: “a integridade física não resiste à dissolução da personalidade pessoal”.
O texto de Lévi-Strauss traz alguns relatos de expedições a algumas aldeias indígenas, cada qual transmite os fatores que influenciam na eficácia do sistema de magia entre os povos.
Um dos relatos é sobre os índios Nambikwara, um grupo que foi formado a partir dos indivíduos que restaram de uma tribo dizimada por uma epidemia e que trouxeram um líder civil, com outros oriundos de uma tribo que entrara em secessão, e trouxeram consigo um líder religioso – um feiticeiro. Em certa ocasião ele ressurgiu, após um período desaparecido, alegando que foi raptado por um raio durante uma tempestade. Observa-se sua influência política diante dessa crônica surreal. Um evento desses não ocorre com qualquer um, o feiticeiro tem uma proximidade especial com a natureza. Em momento algum os membros do bando duvidaram das explicações do feiticeiro.
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