O feiticeiro e sua magia
O FEITICEIRO E SUA MAGIA¹
Carlos Vital Espindola de Avalo²
¹Trabalho do Curso de Ciências Sociais – STRAUSS, Claude Lévi, O feiticeiro e sua magia, Ed. nº. 4, 1949,
² Acadêmico do 3º Ano de Ciências Sociais Segundo Strauss, o complexo xamânico, liga três elementos básicos que são indissociáveis: O xamã, o doente e o público. A do próprio xamã que, se sua vocação é real (...), experimenta estados específicos de natureza psicossomática; a do doente, que experimenta ou não uma melhora; enfim a do público que também participa da cura, e cujo treinamento porque passa é a satisfação intelectual e afetiva que obtém, determinam uma adesão coletiva que inaugura, ela própria,um novo ciclo” (p. 194) Estes elementos organizam em torno de dois pólos, a primeira se constitui na experiência intima do xamã, que acredita na sua missão, que a sua vocação séria e fervorosa tem o poder da cura, a segunda parte está no consensus coletivos, que é a crença fervorosa das pessoas no poder do feiticeiro, pois como sabemos a fé não é individual, ela é coletiva. Isto é, as curas acontecem pelos dogmas existentes nesta estrutura, que são respeitados e valorizados pelas partes, a situação “magia” é um fenômeno de consenso. Ao nos remeter aos seus contos, lembramos de Quesalid, que no seu ceticismo, buscava descobrir as farsas dos feiticeiros, neste processo recebe o convite para ser um xamã, e depois de treinado, (o xamã não é completamente desprovido de conhecimentos positivos e técnicas experimentais.), confirma suas suspeitas de fraudes e mantém sua atitude crítica, que após algumas experiências; como exemplo; vencer os desafios contra outros feiticeiros usando dos métodos que aprendera a de mostrar objetos concretos (como arns magna), enquanto os demais feiticeiros não tinham esta preocupação. Quesalid interpreta seu sucesso por razões