O extracampo
O extracampo no cinema é considerado em algumas formulações elemento decisivo tanto para uma economia de imagens como para um espectador que não teria lugar na TV.
Ele é considerado uma linguagem indireta, que envolve uma contemplação, ou seja, uma demora. A Tv não suportaria essas imagens, pois não teria como criar interação com aqueles assistem. TV e extracampo, então apresenta-se como um espaço de tensão conceitual.
Os obstáculos televisivos
O importante é que a realidade e a verdade na televisão estejam sempre em campo. Deve ser tudo e mostrar tudo.
De modo geral, temos 3 características básicas do regime televisivo:
1) A sua composição em fluxo: segmentos se sucedem, numa sequência marcada pela rapidez
2) Imposição desse modo de composição aos objetos, acontecimentos e seres do mundo, ou seja, qualquer gesto arbitrário que transforma qualquer realidade em realidade televisiva.
3) Estética do contato, onde as imagens acabam se tornando menos informativas e mais sedutoras.
A Tv seduz por que ela transforma uma realidade externa, em interna. Ela cria o ‘’nós’’ televisivo, em que fala do mundo que vivemos.
O extracampo como a exterioridade do cinema
Hoje só poderíamos pensar na potência do cinema por causa da ambiguidade fundamental que haveria nas suas imagens. Um filme nunca se limita ao que mostra. Portanto, a tela do cinema sugere o prolongamento daquilo que se vê.
Tudo o que integra o espaço, mas não vemos e só ouvimos, é o extracampo. Ele aumenta o espaço da cena.
É importante ressaltar que o tempo, elemento fundamental do cinema, é um fator que funda o extracampo, por ser produtor da ambiguidade. Por que para algo entrar e sair de cena, é necessário que se dispense certo tempo. É nesse jogo do extracampo que o telespectador se relaciona com as imagens de forma a expandi-las. Ele que cria a ligação do ‘’visto’’ e ‘’não-visto’’.
O extracampo na TV
O extracampo pode ser entendido como