Aproveitamento de resíduos de Painéis de Madeira
Segundo Roque & Valença (1998), apud Hillig et al. (2006), a indústria de base florestal pode ser dividida, de uma forma geral, de acordo com o produto que é assegurado no final, que pode ser: lenha, poste, madeira serrada, lâminas de madeira, painéis colados, compensados, aglomerados, chapas duras de fibras, chapas de fibras de média densidade, celulose e papel. No Brasil, a madeira é uma das principais matérias-primas utilizada na produção industrial moveleira (JUNIOR et al, 2004). Atualmente, a tradicional madeira maciça vem sendo substituída por vários tipos de painéis, em virtude da relação preço/desempenho e da crescente conscientização da sociedade a respeito da exploração indiscriminada de reservas florestais (TOMASELLI e DELESPINASSE, 1997 apud ABREU et al., 2009). A tecnologia de produção de painéis ou chapas aglomeradas desenvolveu-se principalmente após a Segunda Guerra Mundial, em função da escassez da matéria-prima e, também, para a redução das perdas que ocorriam tanto na indústria madeireira como na exploração florestal. No Brasil, a produção de painéis de madeira aglomerada teve início em 1966 (MENDES et al., 2003).
Os painéis estruturais são largamente utilizados na construção civil, principalmente nos Estados Unidos da América. No Brasil, os painéis mais produzidos são os de aglomerados segundo Juvenal e Mattos (2003). Esses painéis são geralmente produzidos a partir de partículas de madeira aglutinados com adesivos sintéticos ou outro aglomerante, sendo o conjunto prensado a quente por tempo suficiente para que a cura da resina se efetue. A princípio, esses painéis podem também ser fabricados a partir de qualquer outro material lignocelulósico que lhes confiram alta resistência mecânica e peso específico pré-estabelecido, já que a composição química dos materiais lignocelulósicos é semelhante à da madeira, mais precisamente com a das madeiras duras que contêm menor teor de lignina e maior teor de hemiceluloses do tipo