O Extermínio de jovens negros

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – SANTA RITA

AMILSON ALBUQUERQUE LIMEIRA FILHO
BRENDA MAGNO DE LIMA PONTES
CAROLINE GADELHA PIMENTEL DE MORAES
ERICK DE LIRA VIEIRA
GIOVANNA FERNANDES DE OLIVEIRA
MAGNO GURGEL SARAIVA
MATHEUS CHAVES FREITAS
RODOLFO RIBEIRO COUTINHO MARQUES
RODRIGO PAIVA DE QUEIROZ
ROSANE FERNANDES DE LEMOS
WALTER FERREIRA DA MOTA JÚNIOR
YTALO FERNANDES DE ALBUQUERUQE

EXTERMÍNIO DA JUVENTUDE NEGRA E DIREITOS HUMANOS

JOÃO PESSOA
2014

1 - Introdução

1.1 Origem
Para entendermos melhor o genocídio e extermínio, comumente praticado pelo aparelho estatal contra a juventude negra no Brasil é preciso nos aprofundar na causa deste mal, ou seja, na origem da discriminação racial no Brasil. Estudiosos do assunto, como historiadores, sociólogos, antropólogos e afins tem se debruçado nos últimos anos sobre o tema na busca de uma resposta mais próxima da realidade. Neste trabalho inicialmente buscaremos, dentro das fontes de pesquisa disponíveis, lançar um foco na contextualização histórica e social do assunto. Não é difícil perceber que a discriminação racial no Brasil nasce com a escravatura, tráfico de povos ameríndios e principalmente africanos, que durante o período colonial e imperial foram desumanizados e tratados como verdadeiros animais de trabalho ou peças patrimoniais da elite brasileira na época. Com isso retomaremos os primórdios da humanidade até os dias atuais para melhor compreendermos esta triste característica de escravizar o mais fraco. Sabemos que até bem pouco tempo, pouco mais de um século, o Estado aceitava oficialmente a posse, venda e compra de escravos. O legado da escravidão parece se perpetuar ainda hoje em todos os extratos sociais e cobra um alto preço dos seus descendentes. Faremos algumas comparações e levantaremos algumas teses demonstrando que a escravidão oficial acabou, mas a velada continua com outra roupagem.