BEATRIZ TRABALHO
O Organismo Social
No século XIX nascem as noções fundadoras de uma visão da comunicação como fator de integração das sociedades humanas. O pensamento da sociedade como organismo como um conjunto de órgãos, desincumbindo-se de funções determinadas, isso inspira as primeiras concepções da “ciência da comunicação”.
1. A Descoberta das trocas e dos fluxos
Divisão do trabalho
A divisão do trabalho representa o primeiro passo teórico. Adam Smith (1723-1790) cria com primeira formulação científica. A comunicação contribui para a organização do trabalho coletivo no interior da fábrica e na estruturação dos espaços econômicos.
A revolução Industrial está em andamento.
Já na França continua em busca da unificação de seu espaço comercial interior, fundamentalmente agrícola, o discurso sobre as virtudes dos sistemas de comunicação é diretamente proporcional ao estado das carências.
François Quesnay (1694-1774) e as escolas dos fisiocratas segundo eles o comércio tem um poder criador, proclamam necessidade, para déspota esclarecimento do reino agrícola, de liberar os fluxos de bens e mão de obra e de sustentar uma política de construção e conservação das vias de comunicação. Quesnay escreveu o livro Tableau économique, na qual as figuras geométricas se entrecruzam e justapõem linhas que indicam o comércio entre a terra e os homens, por um lado e entre as três classes que compõem a sociedade, por outro, obtém-se uma visão macroscópica de uma economia de “fluxos”. A Revolução Francesa libera esses fluxos em 1789 ao tomar uma série de medidas, como a adoção do sistema métrico, destinadas a acelerar a unificação do território nacional.
Claude Chappe, em 1793 inaugura o primeiro sistema de comunicação á distância, o telégrafo óptico para fins militares. Jhon Stuart Mill (1806-1873) prefigura “um modelo cibernético dos fluxos materiais com fluxos feedback do dinheiro como informação”.
Charles Babbage