Processo de Criminalização e Marginalidade Social
1201 palavras
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Fichamento do texto “Processo de Criminalização e Marginalidade Social” Logo no início do texto, após uma introdução rápida, a autora é direta na afirmação que o inimigo, no direito penal, é identificado como o indivíduo a quem o tratamento de pessoa não é concedido. E, pela história, isso pode ser vislumbrado com os índios sendo feitos de animais e os negros sendo vistos como mercadoria. De acordo com Zygmunt Bauman, toda sociedade acaba gerando o que foi chamado de fantasias sobre algum perigo que lhe ameace a identidade. Com essas fantasias, Bauman afirma que a sociedade fica insegura e começa a desenvolver uma mentalidade de fortaleza sitiada, tornando os inimigos uma ameaça àquela identidade. Embora os anos tenham se passado, os discursos de lei e de ordem se perduram como centro do controle social e penal incidindo sempre em classes pobres e em jovens negros. Isso acaba causando uma “naturalização da desigualdade” e essa naturalização é o início do extermínio dos marginalizados, uma vez que, vê-se que no Brasil a retórica criminal é bélica e exterioriza o inimigo que na verdade nada mais é do que interno. Faz-se o desviante ser visto como alguém fora e que ameaça o bom andamento desta sociedade, assim, merecendo ser punido. Essa indiferença com a violência contra o marginalizado ocorre por conta de uma política criminal e por conta de uma lógica de classe muito bem estruturada dentro da sociedade atual. Existe um temor de invasão súbita dos marginalizados por conta da desigualdade social. Isso faz as classes dominantes projetarem estereótipos de criminosos sobre aqueles que devem ser mantidos sobre controle e essa lógica atinge, até mesmo, a classe trabalhadora que busca reduzir o risco de ser selecionada pelas agências de controle policial. Agências que têm por função principal exigir dos marginalizados aquilo que deles mesmos se espera, que é a submissão incondicional à autoridade.
Introduzido o panorama geral, a autora afirma a impossibilidade de se