O estilo brasileiro de administrar
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uitos livros brasileiros apresentam o modelo tradicional de gestão americana como o melhor exemplo a seguir, mesmo quando os próprios americanos, diante de mercados incertos e caóticos, redescobrem as virtudes da criatividade, da flexibilidade e estimulam suas empresas na busca da vantagem competitiva. Com sua cultura, o Brasil é um dos países mais bem equipados para enfrentar os novos tempos.
É preciso lembrar que o fato de termos prática administrativas diferentes em outras culturas, muitas delas defendidas como as mais corretas, não significa que a prática brasileira esteja errada. Ao contrário, é a maneira pela qual conseguimos agir naturalmente, sem constrangimento e com satisfação. Se os resultados não são os melhores em termos competitivos, devemos aperfeiçoar nosso jeito e não simplesmente copiar outros estilos.
Processo de Formulação de Estratégias
Como primeiro componente do sistema de gestão, a análise da estratégia do negócio e o processo de estabelece-la, verifica-se o impacto dos seguintes traços:
1> A concentração de poder: esta situação predomina nas empresas brasileiras, as empresas estabelecem a estratégia do nível superior e aquelas que a formulam mais informalmente tem a intuição do presidente ou de mais alguem próximo a ele a fonte do pensamento estratégico.
2> O personalismo: é um traço atuante, visa a manutenção do poder, seja pela preservação das informações, seja pelo ritual do “pedir a benção”, para que todos saibam quem manda na empresa. Deixando os liderados em uma condição de incerteza e insegurança, estimulando a busca de informação da rede de relações mais próxima.
3> O Formalismo: é o instrumento utilizado para busca do controle, da incerteza, no sentido de dar estalbilidade à relação dos líderes com os liderados.
4> Postura de Ex pecador: é a relação cautelosa e às vezes passiva dos empresários brasileiros com seu ambiente de negócios e não como um