O estilo brasileiro de administrar
CAPITULO 3
O ESTILO BRASILEIRO DE ADMINISTRAR, inscrito pelos Consultores da Fundação Dom Cabral / BH Betania Tanure de Barros e Marco Aurélio Spyer Prates, onde no capítulo 3 Impactos da Cultura Brasileira na Gestão Empresarial, trata do processo de Formulação de Estratégias e Decisório.
Segundo Barros e Prates (1996), não é possível pensar em um estilo de administração que não seja fortemente influenciado por fatores culturais. A determinação de um quadro que reflita o contexto cultural em que o brasileiro desenvolve suas práticas administrativas é fundamental para a compreensão de algumas atitudes e alguns comportamentos característicos de nossos gestores e empreendedores.
As heranças culturais brasileiras como causadoras de um estilo próprio, não como fusão de vários outros, mas como característica particular e própria. Este modelo se baseia na identificação de duas dimensões básicas: a dos líderes e liderados e a institucional e pessoal. A interseção destas apresenta quatro subsistemas característicos e facilmente identificáveis, que são: a concentração de poder e o personalismo como subsistemas de líderes; o espectador e a postura de evitar conflitos como subsistemas dos liderados.
Estes subsistemas, por sua vez, derivam de alguns traços marcantes nas relações entre líderes e liderados que são o paternalismo, a lealdade às pessoas, o formalismo e a flexibilidade. Há um outro traço como resultante das inter relações destes outros, a impunidade, aceitável e indispensável para a manutenção dos traços apontados.
A gestão dos negócios e o empreendedorismo à brasileira, se assim podemos designá-Ios, possuem esses traços marcantes, que provocam nas relações empresariais algumas, características específicas como a concordância de que um chefe deve ter respostas e soluções para todos os problemas, tanto rotineiros quanto estratégicos. A concentração de poder é outra marca indissolúvel