O estilo brasileiro de administrar
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O estilo brasileiro de administrar O estilo da administração brasileira é composto por, basicamente, nove traços característicos. Determinados tópicos podem ser antagônicos, contudo, sem caráter anulatório. Na realidade, tais dualidades acabam por se complementarem (em que uma, fatalmente, sobressair-se-á a outra). Podem ocorrer casos, também, em que uma característica une duas outras. O primeiro ponto a ser destacado é a concentração de poder, em que há uma reafirmação hierárquica, ou seja, é muito presente a tendência de centralização da autoridade na figura do líder. E em consequência, o afastamento entre os níveis organizacionais. Por outro lado, o personalismo representa aproximação entre líder e liderado. Ganha destaque, neste traço, a colaboração coletiva visando o desenvolvimento das organizações. Os liderados são levados em consideração em processos decisórios; deixam a imagem de pura força de trabalho e assumem caráter mais humanizado. A postura de espectador denuncia um defeito atribuído não somente aos administradores brasileiros, mas também à grande parcela da população nacional: a passividade. Especificamente no caso dos gestores, consiste na aceitação dos liderados sem qualquer tipo de questionamento às decisões dos líderes. Outro traço característico no estilo de administração brasileira é a aversão a conflitos, em outras palavras, para que situações de confronto direto não sejam criadas e ponham em risco relações interpessoais importantes, são criadas abordagens indiretas, de certa forma até mais colaborativas, na resolução de questões no meio empresarial. Um alto grau de desconfiança no meio de trabalho fez com que fossem criadas leis, normas e regulamentos que acabam por coibir quaisquer ações inesperadas. Nisso consiste o formalismo, que consta em sua lista de consequências a diminuição da competitividade das organizações, visto que o comportamento dos administradores estará restrito a um leque menor de possibilidades.