Relatório estágio em saúde pública
“Passamos a idéia de que a pessoa não tem saúde porque não querem, porque não se esforçam, porque não tem vontade de ter saúde. As pessoas que trabalham com educação em saúde muitas vezes acham que uma grande parte da população tem problemas porque é ignorante. (...) Faltam condições de viver e saúde para a maioria da população brasileira, não porque ela ou eu nos descuidamos, mas porque as autoridades não usam o dinheiro público de acordo com nossos interesses.” (Minayo, 1987: 22-27)
As políticas de saúde, enquanto ações objetivas sob responsabilidade do Estado começaram a existir no Brasil somente no início do século XX (FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida. Ensinando a cuidar em Saúde Pública. São Caetano do Sul: Yendis, 2008).
Em 1946, a nova Constituição Federal incorporou a assistência sanitária à estrutura da Previdência Social, caracterizando a assistência médico-hospitalar como uma atribuição previdenciária. (FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida. Ensinando a cuidar em Saúde Pública. São Caetano do Sul: Yendis, 2008).
As décadas de 1950 a 1960 se caracterizam, em nosso país, pela tentativa do governo criar um desenvolvimento econômico industrial moderno. As políticas de saúde dessa época mostram o que costumamos chamar de dicotomia, isto é, uma separação da saúde em duas: de um lado a saúde pública, de outro a atenção médica individual (FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida. Ensinando a cuidar em Saúde Pública. São Caetano do Sul: Yendis, 2008).
Em 1983 foram implantadas as Ações Integradas de Saúde (AIS) com objetivo de criar uma rede pública unificada com vistas a promover a descentralização e a universalização da atenção à saúde. Em 1987 foi criado o Sistema Único e Descentralizado de Saúde (SUDS), que teve como principais objetivos a universalização da assistência, a integridade dos cuidados assistenciais, a integração dos serviços de saúde, entre outros. (FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida. Ensinando a cuidar em Saúde Pública. São Caetano do