O enigma de kaspar hauser
Relações entre o processo de socialização e o filme: “O enigma de Kaspar Hauser”
Curso: Faculdade de Direito
Professora: Ida Raichtaler do Valle
Disciplina: Sociologia
Turma: MG-1
Integrantes:
-Gabriel Maciel Queiroga
-Caio Farah Cavaton
-Artur Bersi Ishikawa
-Thiago Zimmermann
-Vítor Hugo Jacob Covolato
-Thomas Leirner
Introdução
Este texto tem como objetivo a análise do processo de socialização do ser humano a partir de uma correlação com o filme “O Enigma de Kaspar Hauser”. Procuraremos provar a importância da aquisição de uma modelagem cultural e da linguagem como condição para a socialização do indivíduo.
Análise da socialização a partir do Enigma de Kaspar Hauser
A socialização, também chamada, por alguns autores, de humanização, é o processo que permite a um indivíduo se sentir parte de uma sociedade. Maria Saboya, professora da Universidade de São Paulo, a define como o exercício da compreensão através da prática social. Luckmann e Berger sustentam a existência de uma subdivisão da socialização: esta seria composta de primária, a qual seria a convivência familiar no estágio da infância; e a secundária, a qual seria pautada na convivência com diversos outros grupos sociais, mas com a livre escolha, diferentemente da infância, onde são impostos ao indivíduo certos valores.
Para que a socialização seja possível, são necessários dois elementos ao indivíduo: a linguagem e o entendimento da relação entre signo e coisa concreta, proporcionado por um processo de modelamento cultural que o indivíduo adquire em grupo.
Como já dito, a linguagem é condicio sine qua nom para a socialização. Observando o filme de Werner Herzog, fica claro que é ela que permite a um homem pensar como Homo somaticus, ludens, sentimentalis, até a ativação do sapiens.
Segundo o grande linguista Daniel Everett, em contraposição a Noam Chomsky, a linguagem necessita de três alicerces para o seu desenvolvimento: capacidade cognitiva,