Enigma de kaspar hauser
FTC
O enigma de Kaspar Hauser
João Jorge Neto
Trabalho apresentado como requisito parcial para complemento da disciplina Matrizes do Pensamento em psicologia IV, 5º semestre do turno noturno 2011.1.
Pedro Paulo
ITABUNA
MARÇO/2011
RESENHA
O ENIGMA DE KASPAR HAUSER
Esse filme nos faz lembrar a todo o momento a teoria de Vygotsky sobre as relações entre o pensamento e a linguagem. Ele acreditava que a aprendizagem na criança podia ocorrer através do jogo, da brincadeira, da instrução formal ou do trabalho entre um aprendiz e um aprendiz mais experiente. O processo básico pelo qual isto ocorre é a mediação, a ligação entre duas estruturas, uma social e uma pessoalmente construída, através de instrumentos ou sinais. Quando os signos culturais vão sendo internalizados pelo sujeito é quando os humanos adquirem a capacidade de uma ordem de pensamento mais elevada. Podemos perceber no filme que não é bem isso que acontece com Kaspar Hauser.
Desde quando nasceu Kaspar foi privado do convívio social. A partir daí observamos a sua triste trajetória que nos aponta muitos resultados obtidos por sua privação cultural, pelo não desenvolvimento de sua linguagem. O fato de ter vivido muito tempo isolado de outras pessoas, até mesmo quando alimentado. A sua comida era deixada a noite para que ele mesmo não percebe e nem visse a presença do mesmo que te criava. Isso trouxe a Kaspar graves conseqüências em sua formação como sujeito, como indivíduo. Quando Kaspar é retirado do cativeiro e mesmo muito tempo depois, já com a linguagem desenvolvida é possível perceber através de seu olhar atônito, o espanto, o estranhamento frente à paisagem, frente às pessoas e suas reações. Com base no do filme podemos fazer uma reflexão sobre o papel da cultura, o papel da linguagem em vários aspectos. Para Kaspar Hauser todas as frases são vazias de significado porque não viveu e experiência da linguagem nas relações intersubjetivas. A única exceção a