O encontro da natureza e da civilização no período colonial no Brasil
O advogado e jornalista José Martiniano de Alencar Filho encontra na velha biblioteca do Mosteiro de São Bento, em Olinda, a literatura dos antigos cronistas coloniais, que dão as primeiras impressões dos europeus ao encontrarem a natureza e o índio do Brasil. Em 1854, Alencar começa a escrever uma seção diária no Correio Mercantil, em que comenta os mais variados assuntos da vida do Rio de Janeiro e do país. No jornal O Diário do Rio de Janeiro, do qual é um dos fundadores, inicia sua carreira de romancista, publicando Cinco Minutos e A Viuvinha. Entre esses romances, José de Alencar publica Iracema, que foi inspirado nos escritos que encontrou em Olinda. Segundo alguns críticos, Iracema é um exemplo de poema em prosa. A obra relata de maneira clara e objetiva o que mais adiante será trabalhado: o encontro da natureza e da civilização no período de colonização do Brasil, transmitido no amor da índia tabajara Iracema e do colonizador Martim que era de amizade com os pitiguaras, tribo inimiga dos tabajaras.
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Com o intuito de incentivar o hábito da leitura e pesquisa, bem como favorecer a produção de textos, a professora de Língua Portuguesa Rejane Cunegundes nos apresentou o projeto de leitura deste ano de 2014, intitulado Além das páginas. A professora nos apresentou José de Alencar e suas contribuições para o período literário denominado Romantismo. Além disso, apresentou obras literárias alencarianas, as quais foram escolhidas pelos alunos e iniciou-se a leitura. A partir daí, iniciaram-se as pesquisas e o levantamento bibliográfico. A Internet, sites, blogs e revistas com artigos relacionados às obras de José de Alencar embasaram a argumentação do presente artigo. Também, foram feitos trabalhos em sala de aula sobre As Mulheres de José de Alencar, realizados com o estudo das obras desse autor cearense. Assistimos ao filme O Guarani, filme brasileiro de 1916,