Práticas Religiosas no Brasil Colonial
O Brasil desde o seu descobrimento, em 1500, até 1822, quando termina o período colonial, manteve um fluxo de emigrantes, a maior parte deles vindos de Portugal com a ambição de enriquecer. Com exceção daqueles que chegavam ao Brasil para exercer cargos administrativos ou que se estabeleciam como latifundiários, quase sempre, a proveniência social dos colonos era de baixo estrato. À falta de fortuna, juntava-se a falta de formação escolar e muitas das vezes de formação moral. Muitos chegaram ao Brasil como párias sociais, sem as famílias, e as dificuldades materiais que encontravam à chegada não melhorava a situação. A escassez de mulheres brancas nesta sociedade, dificultava a formação de famílias por parte dos colonos que se juntavam assim às nativas e às africanas. Em suma, para a maior parte dos colonos, nos primeiros tempos, faltava-lhes o enquadramento social a que estavam habituados na pátria, incluindo a prática religiosa. Nos primeiros tempos, os elementos do clero escasseavam e os missionários que chegavam ao Brasil estavam mais interessados em converter os indígenas do que assistir espiritualmente os colonos. No século XVIII, a necessidade de assistência social, no mais amplo sentido do termo, levou à criação das irmandades ou confrarias religiosas. São elas as responsáveis pela