Práticas Religiosas no Brasil Colonial

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A prática religiosa no Brasil, enquanto colónia portuguesa, apresentava várias facetas consoante a proveniência cultural e étnica de cada um dos povos. Os colonos, portugueses trouxeram consigo o Cristianismo e com eles a prática evangélica. Os escravos africanos, provenientes de diversas regiões de África, chegaram com os seus sistemas religiosos animistas. Porém, alguns grupos de escravos professavam o islamismo. Quanto aos indígenas, estes viviam segundo uma crença religiosa xamanista. A missionação e a miscigenação das populações e das crenças por elas seguidas resultaram em novas práticas religiosas como o Catimbó e o Candomblé, que subsistiram até aos dias de hoje.
O Brasil desde o seu descobrimento, em 1500, até 1822, quando termina o período colonial, manteve um fluxo de emigrantes, a maior parte deles vindos de Portugal com a ambição de enriquecer. Com exceção daqueles que chegavam ao Brasil para exercer cargos administrativos ou que se estabeleciam como latifundiários, quase sempre, a proveniência social dos colonos era de baixo estrato. À falta de fortuna, juntava-se a falta de formação escolar e muitas das vezes de formação moral. Muitos chegaram ao Brasil como párias sociais, sem as famílias, e as dificuldades materiais que encontravam à chegada não melhorava a situação. A escassez de mulheres brancas nesta sociedade, dificultava a formação de famílias por parte dos colonos que se juntavam assim às nativas e às africanas. Em suma, para a maior parte dos colonos, nos primeiros tempos, faltava-lhes o enquadramento social a que estavam habituados na pátria, incluindo a prática religiosa. Nos primeiros tempos, os elementos do clero escasseavam e os missionários que chegavam ao Brasil estavam mais interessados em converter os indígenas do que assistir espiritualmente os colonos. No século XVIII, a necessidade de assistência social, no mais amplo sentido do termo, levou à criação das irmandades ou confrarias religiosas. São elas as responsáveis pela

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