ciclo da economia angolana
1 – INTRODUÇÃO
TEMA 1. OS CICLOS DA ECONOMIA ANGOLANA E AS GRANDES LINHAS DA SUA EVOLUÇÃO ESTRUTURAL. CARACTERIZAÇÃO GERAL E DELIMITAÇÃO TEMPORAL.
Foi em 1971 que a comunidade internacional reconheceu formalmente a existência de uma categoria de países caracterizados não só pela extrema pobreza da sua população mas, também pela debilidade dos seus recursos económicos, institucionais e humanos derivado em algumas circunstâncias pela natureza da colonização que lhes foi imposta pela potências colonizadoras europeias e também por dificuldades de ordem geográfica e socio-cultural. Estes países caracterizam-se também por terem as suas economias altamente vulneráveis a crises externas e a desastres naturais, constituindo por conseguinte o segmento mais débil da comunidade internacional sendo que, o seu desenvolvimento económico e social supõe um enorme desafio tanto para eles como para quem colabora em seu desenvolvimento. Este grupo inclui precisamente grande parte dos países africanos na qual se inclui Angola.
A abordagem da evolução da economia angolana obriga ao exercício e busca de referências que se fundam na profunda e multissecular articulação entre Portugal e as suas colónias, definida axiomaticamente pelo arquétipo de uma “colonização de cinco séculos” atrás do qual desfilam ideias, concepções e até mitos tanto de europeus como de africanos procurando cada um justificar o estado do desenvolvimento que cada país apresenta.
Nesta conflitualidade de valores pelo menos duas teorias contraditórias emergiram:
i. A Teoria da civilização que admite a priori que as colónias africanas e as suas populações beneficiaram amplamente do “encontro” que transformou a sua historia. Para os defensores desta teoria, este encontro terá permitido a passagem de uma fase a- histórica, correspondente a uma África sem escrita, sem passado ou rasto civilizacional dignos de registo, para um período histórico onde a África assumirá uma