O diabo veste prado
General Ernesto Geisel (1974-1979)
Introdução:
- A escolha do general Geisel, para suceder o general Médici na Presidência da República, foi uma vitória do grupo castelista - conhecido como Sorbonne - e, consequentemente, uma derrota da chamada linha dura;
- O fracasso do milagre econômico, associado à crise do capitalismo, o início da tensão entre os EUA e a URSS e a resistência democrática ao Estado autoritário apontavam para uma abertura do regime;
- Esse processo, nas palavras do próprio general Geisel, deveria ser "lento, gradual e segudo".
Política econômica:
- Em 1974, o presidente divulgou o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), que definia a política socioeconômica para 1975-1979;
- Em 1975, foi assinado o Acordo de Cooperação Nuclear Brasil-Alemanha;
- Para enfrentar os efeitos da crise econômica mundial, as importações de artigos supérfluos foram pesadamente sobretaxadas e a Petrobras foi autorizada a assinar contratos com empresas estrangeiras para exploração de petróleo no Brasil. Nesses contratos, existiam cláusulas que transferiam todos os riscos de despesas, de pesquisa e exploração às empresas interessadas; são popularmente conhecidos contratos de risco;
- Em 1976, Geisel inaugurou a Hidrelétrica de Marimbondo, entre São Paulo e Minas Gerais;
- Subsídios estatais, endividamento externo e interno e arrocho salarial sustentaram a política econômica dessa época.
Política externa: o pragmatismo responsável:
- O ministro das Relações Exteriores, chanceler Antônio Francisco, em discurso na Costa do Marfim em 1975, definiu o pragmatismo responsável da política externa do general Geisel afirmando que "na África de hoje, como na América despertada da independência, os povos estão cansados de patrocínio. Querem viver suas vidas, lutar as suas lutas. O Brasil teve e tem esse objetivo. Por isso, observa com devoção os princícios básicos da