1. INTRODUÇÃO Analisamos o trabalho e a rotina de uma Escola de Educação Infantil, onde, a nova ordenação legal trazida pela Constituição de 1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de Educação Nacional define a Educação Infantil como a primeira etapa da Educação Básica. Esse reconhecimento traz, tanto para os municípios quanto para as instituições e para os próprios professores, um aumento de responsabilidades para com as crianças e suas famílias. Uma delas é representada pela obrigatoriedade de as Instituições elaborarem suas Propostas Pedagógicas. As escolas de Educação Infantil, ao se organizarem para a elaboração do Projeto Político Pedagógico, não puderam deixar de considerar as normas emanadas do poder público, fruto de uma história de luto e reivindicações de diferentes grupos da sociedade civil organizada. As determinações legais foram vistas como conquistas do reconhecimento da Educação Infantil em nosso País. Para que isto acontecesse, foi importante que as Propostas Pedagógicas de Educação Infantil tivessem qualidade e definição a respeito dos seguintes fundamentos norteadores: princípios éticos de autonomia, de responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum; princípios políticos dos direitos e deveres da cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática; princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade, da qualidade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais. As crianças pequenas e suas famílias devem encontrar, nas Escolas de Educação Infantil, um ambiente físico e humano, através de estruturas e funcionamentos adequados, que propiciem experiências e situações planejadas intencionalmente, de modo a democratizar o acesso de todos, aos bens culturais e educacionais, que proporcionam uma qualidade de vida mias justa e feliz. As situações planejadas intencionalmente devem prever momentos de atividades espontâneas e outras dirigidas, com objetivos claros, que aconteçam num